AS RELAÇÕES ENTRE TEXTO, CONTEXTO
E INTERTEXTUALIDADE NA PRODUÇÃO DE SENTIDO.
Considerando as postulações
bakhtinianas de que todo enunciado se constitui em uma resposta a outro
enunciado anterior, é possível afirmar que, um texto mantém relações com outros
textos anteriores e contextos, uma espécie de referenciação.
O conceito de contexto pode variar
conforme a relação entre um autor, autor e o momento histórico-discursivo,
assim como também, mesmo autor, mesmo momento histórico-discursivo e sentido
diferente, e ainda assim, o contexto nas diversas áreas de conhecimentos.
Apesar do exposto, é possível elencar algumas características conceituais para
contexto, tais como, um evento se encontra inserido.
Em um processo de interação os
sujeitos dos discursos carrega certa gama de conhecimento, isso já é
considerado um contexto. A partir da interação esse contexto é alterado,
ampliado, fazendo com que os interactantes se ajustem aos novos contextos que
vão surgindo, embora, com características díspares, o contexto pode se
assemelhado à situacionalidade, visto que um texto pode surgir a partir de um
determinado contexto, assim como, um contexto pode gerar um texto.
No primeiro caso, temos um
contexto capaz de produzir uma ação discursiva, no segundo caso, temos um texto
gerador de um contexto. Marcuschi (2008) diz que “não há produção de sentido a
não ser em contexto de uso”. De igual modo Antunes(2010) enfatiza que, “nenhum
texto, ocorre no vazio, em abstrato, fora de um contexto sociocultural
determinado”. Para essa mesma autora o texto está ancorado numa situação
concreta.
O contexto gerador de novos (con)textos
pode surgir de outros já existentes. Antunes(2010) diz que “nossa voz carrega
necessariamente as vozes de todos que nos antecederam, tenhamos consciência
disso ou não”. Isso se configura em intertextualidade para a referida autora, a
mesma enfatiza ainda que, “nenhum texto absolutamente original, nem pertence
por inteiro à autoria de quem o disse ou escreveu”. Assim, é possível inferir
que há possibilidade de parafrasear um enunciado do outro, depois recuperá-lo.
Assim, um texto manifesta não só a relação com outros textos, mas também em
relação ao locutor como enunciador do outro.
Nossos textos estão carregados de
enunciados de outros textos, que leva a inferência de que as palavras dos
outros introduzem valores e expressivos em nossos enunciados. Esses aspectos do
texto levam ao entendimento de que todos os textos criados são na verdade a
continuidades de outros anteriores. Assim, a definição de originalidade em um
texto está em que nunca ser a primeira palavra. Logo, as memórias textuais dos
outros, antes de nós, convivem em nossos textos.
Isso corrobora ao fato de que a
intertextualidade é inevitável, isto é, é um elemento essencial na produção de
um texto ou na produção de sentido. Assim como as demais categorias de análise,
o intertexto é uma das principais propriedades de qualquer texto, assim como a
coesão, coerência, principalmente por a intertextualidade ser um dos fatores
cooperativo da coerência.
Seja no sentido restrito ou amplo,
de qualquer forma, a produção e análise de um texto está ligada ao conhecimento
que o leitor/falante possui de outros textos, o que implica na interferência
desses textos na construção de sentido.
Nessa perspectiva, ao se escrever
é feito uso de textos de outros enunciadores para demarcar um posicionamento
para apoiar as concepções que se defende. O que subentende que não apenas o
escritor, assim como todas as pessoas com quem o texto se apoiou na defesa dos
argumentos.
De forma implícita ou explícita o texto
do outro está embutida no que é produzido. Isso implica que um texto fora do
texto influencia na construção do sentido, não só isso, mas a defesa feita em
meus textos não é minha, é apenas uma voz de outros textos, isso, pelo fato de
que um discurso remete a outro e tudo se dá como se o que tem a dizer trouxesse
pelo menos em parte um já dito, e que qualquer texto tem sua contribuição na
semelhança de mosaico de citações.
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COMPREENSÃO E ANÁLISE DE TEXTO: FUNDAMENTOS, CRITÉRIOS E
ASPECTOS PRÁTICOS.
Neilton Farias Lins
Antes de compreender e analisar
texto é necessário definir o que é texto, antes, porém, cabe a definição de
textualidade. Antunes (2010) define textualidade como “característica
estrutural das atividades sócio comunicativas executadas entre parceiros da
comunicação”.
Para referida autora (op. cit.
pg.29) qualquer interação verbal se dá por meio de um gênero textual, logo, o modo
de manifestação da ação comunicativa será a textualidade. Assim, qualquer que
seja a manifestação da interação verbal estabelecida por meio da textualidade,
o que exclui a possibilidade de haver uma ação de linguagem sem que não tenha
vinculação à textualidade.
O que corrobora o pensamento de
Schmidt (1978) em que o mesmo enfatiza dizendo que “Desde que ela existe, a
comunicação se dá de forma textual”. Pelo exposto é possível inferir que a
textualidade não acontece em situações descontextualizadas ou em abstrações,
visto que, o texto se revela nos usos concretos da língua.
Nesse contexto, conceito de texto
é intrínseco a concepção de língua adotada. Por exemplo, na concepção de língua
como representação do pensamento, o texto é visto como produto lógico do
pensamento do autor, nada mais cabendo ao texto ou ouvinte se não captar essa
representação mental. Na concepção de língua como um código, mero instrumento
de comunicação, o texto é visto como simples produto de codificação do
emissor/falante decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a esse conhecimento
do código utilizado, por fim, e não menos importante, a concepção interacional
ou dialógica da língua, o texto passa a ser considerado o lugar da interação e
os interlocutores como sujeitos ativos, que nele se constroem e são
construídos.
A concepção que este texto se
vincula e a que compreende o texto ou a própria língua como uma atividade
interativa, não apenas como uma representação mental ou decodificação de
mensagem, resultante da codificação de um emissor. O sentido do texto, é
portanto, construído na interação sujeito-texto
ou texto como co-enunciador e não como algo que preexiste a essa
interação.
Para Marcuschi (2012) o texto
forma uma rede, e várias dimensões, não é um resultado automática de uma série
finita de pontos que se usam algumas regras recorrentes, observando uma boa
formação. É antes uma unidade comunicativa atual, realizada tanto no nível do
uso como no nível do sistema. Para esse mesmo autor o texto é uma unidade
concreta e atual, não podendo tratá-la como fenômeno abstrato. Isso corrobora
para o pensamento de que o texto deve ser visto como uma sequência de atos de
linguagem, escritos ou falados, não uma sequência de frases de algum modo
coesas.
Assim, o texto não é uma unidade
formal que pode ser definida e determinada, como um conjunto de propriedade
puramente componenciais e intrínsecas. Também não é possível dá um conjunto de
regras formais que possam gerar textos adequados. Imagine-se a dificuldade que se
teria ao propor regras para produção de todos os gêneros ou regras para
obtenção de determinado efeito, tal ideia seria basicamente impossível. Tal
pensamento defendido por Marcuschi
(2008) se afina com o que defende Halliday & Hasan (1976) os quais
dizem que o texto não é um simples encadeamento de frase, que não deve de forma
alguma ser visto como uma unidade gramatical.
Todo esse aparato teórico sobre o
texto leva a inferir que usar a língua é uma forma de agir socialmente, uma
forma de interagir com os outros, e de que essas coisas somente acontecem em
textos. O que também amplia a conceituação de textualidade, visto que seria a
pretensão de considerar a condição de que tem a língua de somente ocorrer sobre
formas de textos. Em outras palavras falamos ou escrevemos somente por meio de
textos.
Esse pensamento surge na
expectativa de expor, contraditar distorções ensinadas em sala de aula, de que
o texto é apenas o escrito, contrariamente a isso as teorias linguísticas
mostram que o texto se caracteriza pelas manifestações escritas e faladas,
ainda assim, pela ação verbal entre dois ou mais interactantes
falantes/ouvintes, escritor/leitor, que em determinada situação discursiva
produzem juntamente o sentido do texto. Tudo isso leva ao entendimento de que o
sentido do texto é negociado e co-negociado entre os sujeitos da interação, e
que ninguém fala ou escreve de forma a não se fazer entender e que os sentidos
do texto é construído na relação entre esses sujeitos.
Nessa perspectiva, compor um
texto é promover uma interação ao tempo, linguística e social. Isso tem como
inferência de que precisa ser visto como uma intervenção histórica de
determinado sujeito para outro ou outros sujeitos.
É preciso lembrar ainda, que os
textos possuem algumas características importantes para a análise. A primeira é
que o texto difere enormemente, pois depende da multiplicidade de propósitos
que envolve. Segunda que os textos obedecem a certos padrões mais ou menos
fixos, são, pois uma espécie de modelos resultantes de convenção
preestabelecidas entre comunidades em que circulam ou servem determinados
textos. E por último, os textos se organizam em estruturas típicas, as quais,
por sua vez se compõem de blocos ou partes, cada uma deve desempenhar uma
função também determinada, os mesmos possuem elementos obrigatoriamente
opcionais.
O texto não pode ser feito de
qualquer jeito, mas deve ser regulado por um conjunto de propriedade, as quais
se constituem uma rede de relações, ou seja, assume um caráter inteiramente
relacional, de modo que a aplicação de qualquer uma delas revela-se
independente da aplicação dos outros do conjunto. Daí porque não aceitar ou
concordar com a teoria que ver o texto apenas com objeto meramente linguístico,
denominado apenas por regras gramaticais e lexicais.
Isso corrobora com a ideia de que
construir um texto, não implica necessariamente ou simplesmente com conceito de
juntar palavras ou justapor uma série de frases, por bem mais formadas que
estejam, vai, além disso, é a rede de relações que se estabelece pela coesão de
natureza semântica construída na ideia de que os textos se apoiam em outros, e que o sentido dos mesmos não está apenas nas
palavras que constam na superfície, nem nos limites da gramática, mas o sentido
é construído ou é o resultado da confluência de elementos que estão dentro e
fora dele.
Nesse aspecto, é possível inferir
que o leitor para compreender um texto precisa mobilizar diferentes tipos de
conhecimentos, tais como, conhecimento de gramática, de léxico, etc.,
semelhantemente, o conhecimento textual em que o leitor se apropria da
capacidade de aprender o que é tipologia textual, e não menos importante, o
conhecimento de mundo, que decorre da familiaridade do esquema de organização e
experiências.
Analisar textos é procurar
descobrir, entre outros pontos seu esquema de composição; sua orientação
temática, seu propósito comunicativo; procurar identificar suas partes
constituintes. Além disso, é procurar descobrir o conjunto de suas regularidades,
daquilo que costuma ocorrer na sua produção e circulação. É necessário
salientar que descobrir regularidades textuais é mais do que perguntar sobre “o
que diz o autor?”. É, além disso, perguntar como é dito, com que recursos
lexicais e gramaticais, com que estratégias discursivas, quando e porque é
dito.
Diante disso surge a pergunta,
com que finalidade se deve analisar um texto?
A de promover indagações; de buscas; ver mais por dentro as engrenagens
do funcionamento da linguagem. Ainda, que tipo de textos analisar? Todos, uma
vez que não existe uma tipologia ou gênero específico para análise, não importa
o tamanho, formato, função. Não importa se são verbais ou não verbais. Todos
são objetos de análise e a escolha do texto vai depender das circunstâncias e o
propósito de análise.
Considerando os aspectos
elencados é possível sugerir para análise textual, as seguintes recomendações:
a) que os textos sejam adequados quanto à temática, estrutura linguística,
tamanho e a faixa etária do aluno; b) que se remetam a diferentes contextos
geográficos e culturais; c) que procedam de campos sociais diferentes; d) que
revelem diversidades de gêneros em circulação; e) que sejam representativos de
diferentes dialetos regionais e sociais, se são diversificados quanto à sua
forma de apresentação, tamanho, grau de complexidade, que preservem a unidade
de sentido, indiquem os elementos do contexto de produção.
Que elemento analisar? Tudo é
analisável nos textos. Toda a língua em múltiplas dimensões pode está presente
no texto. Em qualquer análise, a questão maior é sempre a compreensão do que se
diz e de como e para que se diz o que é dito. Daí a pergunta, como analisar
textos ou que procedimentos adotar na análise textual. São variados
procedimentos, o que vai depender de vários fatores. Como são diversos os
procedimentos seria melhor elencar o que se evitar na análise, veja-se:
·
Restringir-se à extrapolação do tema abordado;
·
Reduzir a análise à mera exemplificação de uma
unidade linguística;
·
Recorrer à análise para estudo gramatical;
·
Fragmentar o texto, retirando frases e palavras;
·
Reduzir o estudo de léxico à questão de
sinonímia e antonímia;
·
Não discriminar aspectos globais do texto;
·
Omitir a finalidade e propósito da análise;
·
Privilegiar as informações explícitas do texto;
·
Concentrar-se em um único modelo de análise;
O primeiro interesse em analisar
um texto deve estar focado na apreensão dos aspectos globais do mesmo. O
entendimento como um todo, fator que leva a proposição de que a compreensão
textual global deve ser o ponto de partida e o ponto de chegada de qualquer
análise. Há outros aspetos importantes, tais como, o universo de referência, que
o campo social discursivo em que ele se insere, unidade semântica, que é a ideia central do
texto, a progressão temática, a qual se refere à integração das várias partes
em um todo, o propósito comunicativo, diz respeito à finalidade do texto, o que
se quer dizer? Para que se quer dizer?, os tipos e gêneros textuais que são as categorias
dos textos descritivos, narrativos, dissertativos, injuntivos, etc., relevância
da informação e a intertextualidade que é a relação com outros textos.
Todos esses aspectos elencados
vão constituir uma importante base teórica para se empreender uma atividade de
análise da linguagem textual, em todas as suas manifestações concretas. Tudo no
texto terá como o fim o global. Lá é que todos os sentidos se justificam.
Assim, a análise do texto está pautada em palavras ou outros sinais presentes
no texto, tanto na superfície quanto nas entrelinhas. Logo, aquilo que
apontamos como dito no texto deve está
respaldado pelo que de fato, lá se encontra.
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O PROCESSO DE REFERENCIAÇÃO NA CONSTRUÇÃO E
ARTICULAÇÃO DO TEXTO - TEXTO EM CONSTRUÇÃO
Neilton Farias Lins
O
julgamento que se faz daquilo que é elencado como sendo uma realidade, na
verdade, não passa de um produto da percepção cultural que se tem sobre essa
realidade, percepção esta, alcançada cognitivamente por meio da referenciação.
Nessa perspectiva, o processo pelo qual as expressões que fazem referência a
alguém ou alguma coisa, ou o objeto que serve como substituo de outro, ao qual
tem ligação cognitiva, tal processo é conhecido por referenciação. Esse estudo
parte do pressuposto de que existe identidade de referência entre a forma
remissiva e seu referente.
A
noção de referência é caracterizada especificamente pela sua amplitude, visto
que a mesma pode acontecer no processo da interação por meio de um nome, um
sintagma, um fragmento de uma oração, uma oração ou um enunciado completo. Para
Blanche-Benveniste(1984), o referente se constrói no desenrolar do texto,
modificando-se a cada novo "nome" que se lhe dê ou a cada nova
ocorrência do mesmo nome". Nessa perspectiva, é possível inferir que o
referente é algo que se constrói e reconstrói no processo interativo.
O
estudo da referência e/ou referenciação mescla-se com o estudo das categorias,
uma vez que fazer referência entre seres ou palavra é preciso salientar que nem
todas as situações são possíveis. Consideremos que ao falar de um "piano
de cauda", um músico faz-lhe referência como instrumento musical,
entretanto, o mesmo instrumento em uma situação de mudança residencial será
considerado não como um instrumento musical, mas como um móvel muito pesado.
Essa linha de pensamento corrobora o argumento de que a realidade é na verdade
produto da percepção cultural do sujeito da interação.
Para
Koch (2004) a referência é aquilo que designamos, representamos, sugerimos
quando usamos um termo ou criamos uma situação discursiva referencial com essa
finalidade. A referida autora diz ainda que, a referência diz respeito,
sobretudo, às operações efetuadas pelos sujeitos, à medida que o discurso se
desenvolve.
Logo,
é necessário enfatizar que tanto referenciação quanto progressão
referencial, incidem na (re)construção
do texto na interação. Nesse aspecto, Koch e Marcuschi (1998) postulam que a
textualização do mundo por meio da palavra não é uma mera construção do
processo de elaboração de informações é, além disso, um processo de
(re)construção do real.
Nessa
perspectiva, é possível deduzir que o sujeito da comunicação é levado, por
ocasiões interativas verbais, a executar operações sobre a materialidade
linguística que lhe há disponível, fazendo escolhas expressivas para
representar as coisas, pessoas e lugares. Logo, compreende-se que o processo de
referenciação trata-se das escolhas do sujeito enunciativo em função de um
querer dizer. Nisto, tem-se que o processo de referenciação se (re)constrói no
próprio processo da interação, o que corrobora o pensamento de Koch(2004) em
que, "todo discurso (re)constrói uma representação que opera como um memória compartilhada".
O
processo de reconstruir o texto cria as chamadas cadeias referenciais.
Roncarati (2010, p.20) faz um vasto estudo sobre essa temática e elenca o
seguinte; "a construção de cadeias referenciais, uma das habilidades que
integram a metaconsciência textual, através da qual podemos descobrir, passo a
passo, por que meios um mesmo referente vai sendo retomado ou deslocado por
outro referente". Alguns problemas de interpretação de um texto, tais
como, o leitor/ouvinte não conseguir captar as inferências que o
escritor/falante podem ser resolvidos ao elaborar as cadeias referenciais.
Koch(2004, p.67) diz que o processo de referenciações textuais usa como
estratégias, primeiro, "o uso de
pronome, segundo "uso de expressões nominais definidas" e por último,
mas não menos importante o "uso de expressões nominais indefinidas",
no que se refere a primeira opção, a
referenciação se dá por meios de formas pronominais, conhecido na Linguística
Textual como anáfora e catáfora. Quanto à segunda estratégia Koch (1994, p.45)
diz que esse grupo é definido pela introdução do artigo definido, o qual
exercem funções remissivas. Quanto à última trata-se do uso dos artigos
indefinidos e/ou outros nomes tais como pronomes, advérbios, dentre outras
palavras que expressem uma ideia de imprecisão.
Portanto, nessa perspectiva, o processo de referenciação é um domínio da
linguagem de assinalar ou identificar entidades no discurso/fala/texto, isto é,
pessoas, coisas, animais, lugares, eventos, fatos, ações, propriedades,
predicações, etc. Logo, é possível
inferir que os sistemas de referência não se encontram no estado de prontidão,
mas no contínuo processo de construção. Seja uma palavra, uma frase falada ou
escrita no cotidiano, inserida num
jornal, inscrita num romance, ou em outra espécie de gênero textual, dificilmente,
seria a mesma palavra ou o mesmo enunciado, nos diferentes textos que circulam
socialmente, uma vez que cada espaços social desses possuem funções
enunciativas distintas.
Referências
BLANCHE-BENVENISTE, Claire. La dénomination dans lê
francais parlé . In: Recherches sur lê français parlé 6 , Université de
Provence, 1984.
KOCH, I. G. V. Introdução à linguística textual:
trajetória e grandes temas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
RONCARATI, Cláudia. As cadeias do texto:
Construindo sentidos. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.